Após receber denúncia anônima, a Brigada Militar de Encantado resgatou, na manhã desta sexta-feira, 11 filhotes de cachorro que haviam sido enterrados vivos. Devido à agilidade do socorro, os cães, todos pretos e com pouco tempo de vida, sobreviveram.
De acordo com o primeiro sargento, Nilson Friedrich, o casal proprietário e que estava na residência, que fica no bairro Lambari, confessou o crime. No entanto, o homem de 49 anos e a mulher de 44 teriam dito que haviam matado os filhotes apauladas antes de enterrá-los.
— Mesmo assim nós pedimos para ver os animais e fomos então até os fundos da casa. Quando começamos a retirar a terra do buraco, começamos a ouvir os gemidos dos filhotes. Depois que os tiramos, vimos que não tinha nenhuma ferida, ou seja, foram colocados com vida ali — conta Friedrich.
À Brigada, o casal teria alegado que não tinha condições de criar os cães e que havia tentado doá-los à associação de proteção, mas obteve resposta negativa.
Segundo o sargento, o buraco tinha cerca de 50 centímetros de profundidade e foi fechado com terra. A mãe dos cachorrinhos, sem raça-definida, mas semelhante a um labrador, estava presa a uma corrente.
— Chamamos a associação de defesa dos animais que viram que a mãe estava subnutrida. Prova disso é quando nós a soltamos, ela correu e começou a comer um pé de alface. É muita crueldade — observa Friedrich.
O casal e o filho, de 22 anos, que estava dormindo durante a ação da BM, mas seria o dono da mãe dos filhotes, foram levados para a Delegacia de Polícia, onde o caso foi registrado. A polícia instaurou um Termo Circunstanciado por crime de maus-tratos a animais, e a família foi liberada. O caso deverá ser encaminhado à Justiça, que deve aplicar pena de pagamento de multa ou prestação de serviços comunitários.
Contatada pela reportagem, a família preferiu não comentar o caso.
Cachorrinhos poderão ser adotados
Os animais foram levados para a Associação Encantadense de Defesa dos Animais (Aeda), na Travessa Fidêncio Nardini, 34, no Bairro Vila Moça, de Encantado. Recebendo cuidados, a mãe apresenta comportamento quase agressivo, segundo a entidade, por conta dos maus-tratos que recebeu e na intenção de proteger os filhotes.
Todos serão colocados para adoção. No entanto, como ainda são muito novos, interessados terão de esperar dois meses para levá-los para casa. Para contatar a ONG e manifestar interesse, é preciso mandar um e-mail para atendimento@aedaencantado.com.br ou fazer contato pelo Facebook.
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